terça-feira, 30 de julho de 2013

A Garça e o Pescador/The Egret and the Fisherman

Foto selecionado para ser capa do Snapfish -Link para Snapfish: http://www.flickr.com/groups/snapfish/
Photo selected for Cover Snapfish
http://www.flickr.com/groups/snapfish/pool/
We’re really excited to be here on Flickr! We can't wait to see the creative ways in which you turn your amazing images into something more. And we want to hear from you, so please let us know what you like, what your photo/image needs are, and what we can improve. This group is for Flickr members w…

sábado, 20 de julho de 2013

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Criações ItsNOON

Criações ItsNOON -Mais dois trabalhos selecionados na ItsNOON
Chamada Criativa:
Milhares despertando milhões. Quem falou em centavos?! Como os R$0,20 podem despertar um país? 
Minhas respostas:





Vamos trazer a força da arte para esta construção!? Envie uma imagem, foto, vídeo, texto ou música. 
Até quando esperar por este ônibus da esperança que não vem? 
As horas e os dias passam. A vida passa, e ficamos renegados ao papel de espectadores da nossa vida, que corre diante de nossos olhos sem que possamos fazer nada. 
Até quando cruzarmos os braços? 
É corrupção, são impostos e mais impostos, leis que não refletem os interesses da nação. Uma Copa que era para trazer avanços para a população, e a única coisa que vemos são elefantes brancos erguidos para a alegria de poucos, erguidos com o dinheiro de muitos. 
- O que são vinte centavos? “São a gota que encheu o copo no país da copa.”

2.


Se a voz do povo é a voz de Deus, o povo nas ruas é Deus gritando com estes políticos corruptos que roubam a vida e a esperança do povo brasileiro....

terça-feira, 16 de julho de 2013

Exposição Fotográfica


Sou membro do Clube e estou participando desta exposição com um trabalho:
                   "Paisagem em Vermelho"

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Caosarte - 18/07 - Centro Cultural Rio Verde


 Tenho um trabalho que faz parte deste projeto da Aieda freitas selecionado através da rede itsNOON:

"Vou projetar as obras selecionadas aqui da chamada em uma instalação interativa feita com com elásticos entrelaçados na qual as pessoas ativam a projeção com seu movimento.
E também numa outra parte do espaço." Aieda freitas

PSICOPOLÍTICA: "Sobre a Transitoriedade" (Freud, 1915)

PSICOPOLÍTICA: "Sobre a Transitoriedade" (Freud, 1915)



"Sobre a Transitoriedade" (Freud, 1915)


A Revista Mente e Cérebro de novembro de 2010, n. 214, trouxe a íntegra de um pequeno texto em que Freud fala sobre a vida e a morte. Trata-se de "Sobre a Transitoriedade", de 1915. No texto, Freud relata suas especulações quando passeava com um amigo em um jardim.

O que gerou as especulações de Freud sobre o tema foi o fato do amigo ter-se entristecido diante da efemeridade das flores, momento em que teria dito que a beleza se vai com o tempo. Foi sobre isto que Freud especulou e nos forneceu excelentes motivos para buscar a felicidade... mesmo sabendo-se que a vida está passando.

Freud, em seu relato, diz que o amigo incomodava-se com o fato de toda beleza humana estar fadada a desaparecer com o tempo, ou seja, tudo estava submetido à sina da "transitoriedade", e logo em seguida nos diz que duas noções psíquicas podem surgir quando reconhecemos que tudo o que é belo se deteriora com o tempo: uma levaria à aflição, outra à revolta contra essa fatalidade. Para Freud, entretanto, de alguma forma, nossas mais belas produções materiais e sentimentais resistem à destruição e à morte.

Mas, o que existe por trás da aflição do amigo de Freud? Segundo este, uma "exigência de eternidade". Ora, ainda segundo Freud, se, de um lado, não é possível negar que todas as coisas são transitórias, por outro, por que acreditar que esta transitoriedade destrói a beleza? Nas suas palavras:
Enquanto caminhava com meu amigo, declarei ser incompreensível que a ideia da transitoriedade do belo pudesse turvar o prazer despertado pela beleza. 
Então, porque esta exigência de eternidade? Por que exigir que o belo seja eterno e supere o tempo? Neste momento, Freud nos presenteia com duas associações maravilhosas: com o "luto" e com a "guerra".

Sobre o luto nos diz que é um momento em que há uma "rebelião psíquica" que nos tira o prazer pela apreciação do que é belo. O que o amigo estava fazendo nada mais era que experimentar antecipadamente o luto através da ideia de transitoriedade das coisas. E isso, evidentemente, lhe mantinha em certo sofrimento, em certa aflição.

É importante lembrar que, diante de certas perdas, aquela libido que dedicamos a essas pessoas ou objetos perdidos pode não retornar ao "Eu", ficando "aprisionadas" à pessoa morta ou ao objeto perdido, nos impedindo, portanto, de redirecionar nossa libido para outros objetos ou pessoas. Como diz Freud:
a libido se agarra a seus objetos e não quer abrir mão daqueles que foram perdidos, mesmo quando o substituto já está disponível. Isso, portanto, é o luto. 
Sobre a guerra, Freud nos lembra (e aqui é importante recordar que este texto foi redigido no contexto da I Guerra Mundial) que ela destrói nosssas belezas, arruína nossa cultura, nos rouba o que amamos, e expõe a efemeridade de todas as coisas. Mas, só nos resta mesmo sofrer diante daquilo que nos foi retirado, daquilo que foi perdido? Ele mesmo responde:
acredito que aqueles que pensam assim e parecem dispostos a uma renúncia permanente ao prazer pelo fato de o objeto valioso não ter se revelado durável, encontram-se apenas em luto pela perda. 
Superar este luto, para Freud, é possível e, com isso, redirecionamos nossa libido para outros objetos novos. E Freud finaliza:
Nós vamos reconstruir tudo o que a guerra destruiu, talvez sobre uma base ainda mais firme e de forma mais duradoura que antes.
O que presenciamos aqui, é a luta de um pensador que, neste momento se apega a um sentimento otimista que oferece ao amigo pessimista.

Mas, o que podemos falar sobre isto? Freud nos ensinou que é justamente porque as coisas são transitórias que mais a amamos. Dito de outra forma: se eu sei que posso perder algo (e vou perder) tenho uma grande chance de lhe dedicar mais amor. É por isto que aquilo que amamos não desaparece, nem com sua própria destruição, ou com sua morte.

O sentimento fica conosco, incorporado, não como luto, mas como uma lembrança de que a felicidade é sempre possível, e que pode ser buscada a todo instante.

Mas, pensar assim exige certa sensibilidade, certo contato maior com nossos sentimentos, certa capacidade de olhar com respeito às coisas mais simples, certo respeito ao amor que dedicamos a algo ou alguém.

É dessa forma que agimos hoje? Freud nos diz, em sua última frase do texto, acreditar que podemos reconstruir tudo e sobre uma base ainda mais firma e duradoura. Mas, penso que isso só nos serve mesmo como esperança, como resistência, pois vivemos um momento atual em que a "transitoriedade" já não nos deixa perceber as coisas, as pessoas, os sentimentos.

Hoje, já não é a vida que é transitória, já não é o belo que é transitório. Tudo é transitório e, de uma forma ainda mais cruel, "descartável". O transitório que nos permitia amar e nos apegar às produções culturais, já não nos permite o tempo necessário para isso.

Hoje somos "forçados" a saltar rapidamente de uma preferência para outra, de uma marca para outra, de uma celebridade para outra... Como encontrar o que é belo assim? Como amar algo assim?

A velocidade com que tudo se torna descartável impede a contemplação, tão necessária ao alimento de nosso espírito. A aceleração, por outro lado, nos cria a ilusão de estarmos sempre indo em direção ao futuro, ao melhor, ao perfeito.

Não, não estamos indo nessa direção, estamos abdicando do conhecimento sobre o que é belo e do que é o amor. Já não somos autorizados a nos apegar a nada, nem mesmo a ninguém.

A velocidade das mudanças é tal que, como a fala do esquizofrênico, impede o tempo de "parar" e... refletir, se apegar. Dessa forma, imagino que o transitório hoje, não pode ficar a serviço do descartável, ele tem que voltar a ficar a serviço do que é belo, como dizia Freud.

Seria por isso, também, que estaríamos nos tornando uma sociedade de "autômatos"... incapazes de sentir? Sempre prontos a concorrer, a disputar, a agredir, a ultrapassar o outro, a ter sempre o que é melhor e mais novo.

O "novo" substituiu o "belo"... que pena! Isto é muito ruim para a humanidade. Esta é a nossa guerra. A guerra que Freud presenciou lhe dava esperanças de reconstrução... e esta nossa "guerra", será que nos permite esperanças?

Certamente, mais um belo texto de Freud, que nos faz refletir bastante sobre a realidade atual.

quarta-feira, 10 de julho de 2013